E aqui está mais uma receita roubada dos cadernos da minha avó. Que pena que eu tenho que ela, com 94 anos, já não cozinhe. Lembro-me tão bem do Natal em nossa casa ( vivi com a minha avó desde os 6 anos ).
Na sala de jantar abria-se a mesa, que levava a minha familia inteira, acendia-se a lareira e a cozinha enchia-se de vapor de cozer o bacalhau. Em cada lugar colocavam-se os presentes e era uma loucura, antes da refeição, ver o que cada familiar nos tinha oferecido. Só os presentes que os meus avós nos davam é que vinham mais tarde quando tocavam à campainha e aparecia o Pai Natal. Que saudades que eu tenho.
Mas, há imensas recordações que eu tenho e que gosto de partilhar aqui, nesta minha espécie de caderno de receitas e de memórias.
Uma das coisas que mais gostava na consoada era a canja, de arroz ou massa, conforme o gosto, servida em tacinhas individuais com a forma de galinha, que agora são minhas.
A seguir vinha o bacalhau cozido, com molho fervido e, no fim, as sobremesas que a minha avó fazia como ninguém. Os sonhos, receita da sua mãe e que ainda hoje eu faço, os bolinhos de bolina, as filhoses e os mexidos, os meus favorito. Deixo-vos aqui a receita que, ainda hoje, faço para a ceia de Natal.
Ingredientes:
250g açúcar
125g água
4 fatias de
pão de forma
Leite para
embeber o pão
70g de
amêndoa moída
55g de
sultanas
5 gemas
Amêndoa torrada laminada q.b.
Partir o pão
de forma em pedaços e embeber em leite. Levar o açúcar e a água ao lume até
fazer ponto pérola. Escorrer o pão, deitar na calda e voltar a levar ao lume,
fervendo 5 minutos. Adiciona-se então a amêndoa
e as sultanas e leva-se ao lume só para levantar fervura. Fora do lume,
juntam-se as gemas e volta ao lume para
engrossar. Deitar numa taça e polvilhar com canela ou amêndoa laminada torrada.