Hoje é dia de S. João. Desde miúda que adoro este dia.Para mim, era sinal de festa de calor, de poder ficar acordada até tarde.
Em casa da minha avó festejava-se este dia com toda a família. Jantávamos no jardim, num dos mil recantos daquela casa fantástica, junto à estátua do Santo António, que rivalizava as atenções do dia com o padroeiro da Invicta.
Numa mesa de pedra servia-se o famoso cabrito da minha avó que, para mim, não há igual. Nunca nenhum me soube tão bem como os cabritos assados pela minha avó. Ela já me passou a receita, que tento aqui transmitir. Há mil maneiras de cozinhar o cabrito, cada pessoa gosta dele mais seco, com molho, estufado, em chanfana. Eu gosto de cabrito feito pela minha avó. Tenho pena que ela já não cozinhe. Mas, pelo menos, ainda me ensina.
Em nossa casa, os cabritos nunca tinham mais de 4Kg e ficavam, de um dia para o outro, em água com limão partido a meio, dentes de alho e sal.
No dia, escorria o cabrito e secava-o muito bem com um pano, para que o tempero conseguisse "agarrar" à carne.
E o tempero como era feito? Apenas com uma mistura de banha, sal refinado ( pouco) e colorau. Nada mais. Apenas banha, sal e colorau.
Depois barrava-se muito bem o cabrito com este preparado e levava ao forno, previamente aquecido a 200º, cerca de 2 a 2 1/2 horas. De vez em quando, virava-o. Mas nada mais do que isto.
E o cabrito ficava mesmo como eu gosto: tostadinho e crocante. Uma delicia, que se acompanhava com arroz de forno de açafrão
E aqui fica uma receita para festejar o S. João.
As receitas das Avós são sempre as melhores não é?
ResponderEliminarEm vez de uma sardinhada, parece-me uma ideia excelente!!
Bom dia de São João!
Beijinhos
Em nossa casa, comiam-se sardinhas e cabrito. Mas, sempre associei o cabrito ao S. João
EliminarPois, o S. João já passou e aqui em Angra do Heroísmo foi festejado em grande nas nossas festas sanjoaninas. Houve sardinhas e muitos outros petiscos de tasca, mas não houve cabrito, infelizmente pois gosto tanto e assim tostadinho como o seu Luísa. Estas receitas das avós valem ouro. Obrigada pela partilha.
ResponderEliminarBeijinhos aqui dos Açores.
Patrícia
P.S. Parabéns pelo projeto Cozinha de Blogs. Foi uma iniciativa de louvar.