Arroz de pota

Há uns tempos atrás descobri o "parente " do polvo, a pota. Além de ser muito mais barato, tem um aspecto, sabor e consistência muito próximos do do polvo.
A primeira vez que comi arroz de pota, estava convencida que era feito com o seu congénere e só quando me disseram de que era feito, é que fiquei convencida.
Esta receita pode perfeitamente ser feita com polvo mas vai pesar mais nas vossas carteiras.
Compro sempre tentáculos congelados, que são óptimos.


Sopa Dourada

Ingredientes:

750g de açúcar
3,5dl de água
300g de pão-de-ló cortado em fatias com 1,5cm de espessura
12 gemas
pérolas prateadas para decorar.

Colocar o açúcar e a água no lume até fazer ponto de cabelo. Retirar do lume e passar as fatias de pão-de-ló pela calda, colocando-as sobrepostas numa taça.
Coar a calda, acrescentar mais 0,5dl de água e levar ao lume até fazer ponto de pérola. Deitar nas gemas batidas e levar novamente ao lume até engrossar. Deitar o creme de ovos em cima das fatias de pão-de-ló e decorar com as pérolas prateadas.

Amigo Blogger Secreto

Há uns tempos atrás, resolvi aceitar o desafio do blog Da Nossa Cozinha que se chama "Amigo Blogger Secreto". A ideia era que a cada pessoa que se inscrevesse, lhe fosse atribuído um blog e, no dia 17 de Dezembro, teria que colocar on line, uma receita dedicada a esse amigo secreto.

Arroz de tamboril com gambas

Aqui está uma receita que, para mim, não tem nenhuma história por detrás. Não me recorda a infância, porque só comi tamboril quando já era crescidota. Não me lembra nenhum momento especial, nem ninguém que a adorasse comer.
Nada. Não me faz recordar nada. A sério. Só sei que gosto.


E resolvi pôr aqui a minha honestidade a nu. Podia ter inventado uma história bonitinha, para enfeitar o blog. Mas, não. É apenas uma receita de um prato delicioso. Espero que gostem.
E que perdoem a minha falta de imaginação, neste momento.


Arroz doce

Se há coisa que eu gosto de fazer é ler. Adoro pegar num livro e perder-me numa boa história, viver as vidas das personagens, apaixonar-me por elas.
Leio quase todo o tipo de livros e leio muito. O que eu gosto é de uma boa história.
E, para mim, uma das melhores escritoras de sempre foi a Rosa de Lobato Faria. Esta senhora escrevia com elegância, com paixão. Gostei de todos os livros dela.
Tive o privilégio de a conhecer um dia, numa feira do livro. Com vergonha, abordei-a e fui recebida como se fossemos amigas. Estivemos a falar dos seus livros, que eu tinha lido todos.
Senti a sua partida, como se de uma amiga se tratasse.
Nos seus livros, havia descrições maravilhosas, quase como o Eça. Mas, com um discurso mais feminino.
Foi num dos seus livros,o "Romance de Cordélia", que aprendi a fazer arroz doce, dando-lhe o meu toque pessoal.


Croquetes de vitela e alheira

Há comidas que nos aquecem a alma e os croquetes são uma delas. Quase toda a gente gosta de os petiscar numa festa ou, no dia-a-dia, acompanhados de um bom arroz de ervilhas.
Lembro-me que a minha avó aproveitava as sobras de carne assada ou do cozido para fazer picado. Usava, para esse efeito, uma picadora manual engraçadíssima.
Esta receita de hoje, é uma variação dos croquetes clássicos, a que acrescentei o sabor da alheira, que tanto gosto.


Lançamento do Livro em Lisboa

No dia 15 de Novembro, pelas 16h, farei a apresentação do meu livro, na Livraria Ler Devagar, no LX Factory.
A entrada é livre e gostava de ter casa cheia. Apareçam para provar algumas das receitas do livro e me darem um beijinho.

Lançamento do Livro - Matosinhos

Caríssimos amigos, é ja no dia 8 de Novembro, que farei o lançamento do meu livro, pelas 16h, no Armazém 810. Gostava de contar convosco. Se quiserem ir, só tem que confirmar, por favor. 
Adorava ter toda a gente comigo, para partilharem esse momento tão especial comigo.



Mousse de rosas

No ano passado, em Paris, comprei um livro chamado La Durée Sucrée. É, provavelmente, o livro de receitas de pastelaria mais bonito que já vi. Tem fotografias maravilhosas, que nos transportam para um universo paralelo e delicado, tipo o lanche da Alice no País das Maravilhas.
Esse livro tem uma receita que me pôs os olhos em bico, que é de um creme de rosas. A foto fez-me desejar fazer aquela receita e provar um sabor que eu adivinhava surpreendente e delicada. E, dito e feito, lancei-me na odisseia dos " Petit Pots de creme à la Rose".
Mandei vir pela net os ingredientes que me faltava: xarope de rosas, aroma de rosas e água que, como não podia deixar de ser, era de rosas.
Depois de uma longa espera, e alguns euros mais pobres, vi-me na posse dos ingredientes. Eis, então, que começa a aventura. Fiz tudo direitinho e, no final, SURPRESA! Ficou horrível, líquido, e doce, doce, doce.
Então, e para não desperdiçar os xaropes e águas resolvi inventar uma receita que eu soubesse que funcionava e aqui está o resultado. Eu gosto muito mas convém que esteja bem fresquinho.


Bolo de canela

Aqui está um bolo simples mas delicioso para estes dias de Outono que se começam a dar a conhecer.
Nada como uma fatia bem perfumada com um chá para os fins de tarde. Espero que gostem.



Bolo calda de Laranja - Receita de Vera Ramos

Bolo Calda de Laranja

Ingredientes
Para a calda
2 copos de sumo de laranja
1 copo e meio de açúcar
1 colher (sopa) de margarina

Para a massa
150g de margarina sem sal
2 ovos
1 copo de açúcar
1 copo de sumo de laranja
3 copos de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento 


Bochechas de porco em vinho tinto

De alguns anos a esta parte, começou a falar-se de receitas com bochechas de porco (e de vitela), uma parte do animal que eu desconhecia que fosse comestível. Comi, pela primeira vez em casa de uma amiga e achei delicioso.
No Domingo foi o prato que escolhi para a a minha festa de anos e comprovei que é uma carne tenríssima e saborosa.


Bacalhau com broa

Esta é uma das minhas receitas favoritas. Provavelmente, é o prato que mais confecciono para os meus clientes, a par com o arroz de pato. Escolham um bom bacalhau porque vai fazer toda a diferença. Uso sempre lombos ou postas altas. Dá uma qualidade completamente diferente se optarem por partes menos "nobres" do bacalhau. Quanto melhor forem os ingredientes, mais saboroso se torna.
A receita que vou pôr dá para uma travessa para 8/10 pessoas.É fácil, mas um bocado trabalhosa. Mas, garanto que vale o trabalho. É muito bom e uma excelente opção para festas volantes, em que temos que comer de pé.


Ingredientes:

800g de bacalhau demolhado ( lombos ou postas altas )
1Kg de batatinhas para assar
500g de grelos ( podem ser congelados )
500g de cebolas
Dentes de alho q.b.
Azeite q.b.
Sal q.b.
2 folhas de louro
500g de broa ( gosto de usar a de milho )

Aquecer o forno a 200º
Lavar as batatas e colocá-las num assadeira. Salpicar com sal grosso e envolvê-las. Levar ao forno por 30 minutos ou até estarem assadas.
Colocar o bacalhau numa assadeira e levar ao forno por 10 minutos ( ou até os lombos lascarem ). Retirar e deixar arrefecer.
Cozer os grelos ( cortados em pedaços ) com água e sal até estarem cozidos. Escorrê-los num pano de cozinha e espremer bem quando estiverem frios. Aquecer azeite num tacho, juntar 3 dentes de alho picados e os grelos. Envolver bem. Reservar.
Num tacho aquecer uma boa quantidade de azeite com 2 dentes de alho e o louro. Assim que estiver bem quente, juntar a cebola. Se for necessário, acrescentar mais azeite, para cobrir a cebola. Deixar refogar em lume médio, até a cebola estar cozida.
Numa travessa de ir ao forno, colocar uma camada de batatas, depois de se lhes sacudir o sal, e dar um murro em cada uma.
Por cima, colocar cebolada, guardando algum azeite para cobrir a broa. Lascar o bacalhau por cima da cebolada e cobrir com os grelos. Finalmente, cobrir tudo com broa esfarelada. Deitar alguma azeite da cebolada em toda a superfície e levar ao forno até tostar.



Bolo de crepes de chocolate e creme de avelãs da Martha Stewart

Há muitos anos que sou uma fã da Martha Stewart. Acho que tem um excelente gosto e uma criatividade enorme. É, provavelmente, o site em que mais me inspiro e que mais gosto de visitar.
Tenho vários livros dela e cada um é melhor que o outro.
Há uns tempos atrás, uma das minhas irmãs mandou-me uma imagem de um bolo dela e desafiou-me a reproduzi-Quando o vi pareceu-me um bolo de crepes com recheio de chocolate. Até que li a receita com atenção e vi que os crepes são de chocolate e o recheio é que é claro, o que me levou ao meu engano.
A receita é trabalhosa mas o resultado é um bolo muito diferente do habitual. Não serve para quem gosta de seguir uma alimentação equilibrada ou está a fazer dieta. É um bolo pecaminoso...


Hummingbird Cake

Em Londres, há umas confeitarias chamadas Hummingbird, que são uma maravilha. Os bolos de lá são lindos e deliciosos.
No ano passado, uma amiga ofereceu-me o livro, que se chama Confeitaria Humingbird, Receitas de Sonho e decidi experimentar algumas receitas. Garanto que funcionam mesmo e são óptimas. De todas, a que mais gostei foi a do bolo com o nome da loja e que é divino. Deixo aqui a receita, com algumas alteraçõezinhas, para ficar mais ao meus gosto.
Mas, aconselho a terem este livro na vossa biblioteca porque vale mesmo a pena.
Ingredientes:

280g de açúcar
3 ovos
3 dl de óleo
270g de bananas esmagadas
1 colher de chá de canela em pó
300g de farinha com fermento
100g de ananás em calda, cortado aos bocadinhos
100g de nozes pecan ( também já usei as normais)

Aquecer o forno a 180º

Bater bem o açúcar, os ovos , o óleo, as bananas e a canela. Juntar a farinha e bater novamente. Adicionar as nozes e o ananás e envolver com uma colher.
Dividir a massa em 2 formas iguais, untadas e com o fundo forrado com papel vegetal. Levar ao forno até estarem completamente cozidos.
Deixar arrefecê-los cerca de 5 minutos dentro da forma antes de desenformar.
Quando estiverem frios, colocar um bolo num prato, cobrir com creme de queijo e colocar o segundo bolo, com a paste mais lisa virada para cima. Cobrir todo o bolo com o creme e decorar com metades de nozes e nozes picadas. Servir bem fresco.

Cobertura

3 pacotes de natas frescas Longa Vida, bem frias
350g de queijo marcarpone
10 colheres de sopa de açúcar em pó

Bater todos os ingredientes até estar um creme bem firme.

Mousse de maracujá

Esta é das sobremesas mais fáceis que faço e é óptima para o Verão. Aliás, esta mousse lembra-me o Verão, por ser tão fresca. Espero que gostem.
As fotografias, que estão lindas, foram tiradas pelo Ricardo Silva.
Ingredientes:
2 pacotes de natas frescas ( Longa Vida )
1 lata de polpa de maracujá
1/2 lata de leite condensado
4 folhas de gelatina
Polpa de maracujás frescos para decorar q.b.

Começar por demolhar as folhas de gelatina em água fria.
Bater as natas até ficarem quase duras. Juntar o leite condensado e a polpa de maracujá. Derreter as folhas de gelatina, bem escorridas, em lume brando ou alguns segundos no microondas. Juntar de imediato à mousse, com a batedeira em movimento.
Levar ao frio até endurecer e decorar com polpa de maracujá fresco.


Salada de frango com requeijão de azeitonas e companhia

No outro dia, uma amiga minha veio visitar-me e trouxe-me um requeijão com azeitonas. Eu adoro requeijão mas associo sempre a doces: cheesecakes, bolo de requeijão, requeijão com doce de abóbora.
Por isso, a embalagem lá foi ficando no frigorífico à espera de vez na minha ementa.
E, a sorte sorriu-lhe quando me sobraram uns pedaços de frango assado, que não davam para uma refeição completa. E o que resolvi fazer? Uma salada. Já viram que não sou muito virada para saladas mas, começando o tempo a aquecer, lá tem que ser. E esta, garanto-vos que é messssssssssmo boa.
Ingredientes:
Uma alface cortada em juliana grossa
Sobras de frango assado desfiado
1 requeijão com azeitonas
1 punhado de Pinhões
2 fatias de ananás


Saltear os pinhões numa sertã bem quente, até tostarem. Reservar. Fazer o mesmo com o ananás, já partido em triângulos.
Misturar todos os ingredientes e temperar com um molho feito com azeite, sumo de laranja e sal.
Aqui está uma sugestão fácil e muito agradável para estes dias mais quentes.



Bolo de banana caramelizado

Quando estive no Brasil, passei por Paraty, uma cidadezinha que parecia saída de um livro antigo, um cenário de um filme passado no sec. XIX. As casas brancas, eram decoradas com frisos e portadas de cores alegres, como o amarelo, vermelho ou turquesa. O pequeno porto, ancora barquinhos amorosos, que condiziam com o espírito do resto do local.



Como em todos os sítios por onde passei no Brasil, em Paraty comia-se muito bem. Conhecida pela cachaça, não me atrevi, nesse dia, a aventurar-me numa caipirinha, que tanto adoro.
Mas, para mim, que sou a maior gulosa que conheço, houve uma coisa em Paraty que eu adorei e que eram una carrinhos que andavam pelas ruas empedradas, carregados de tabuleiros de bolos caseiros, absolutamente tentadores. Desde então, que não me sai da cabeça que que quem me dera que houvesse aqui uma pastelaria que servisse bolos brasileiros à fatia. Vejam se não é tão apetitoso:
Fiquei com pena de não provar um de cada mas, rendi-me a uma fatia de um divino bolo de banana, que me deu cabo do apetite para o jantar.
Assim, quando cheguei a Portugal, pesquisei receitas de bolo de banana e, reunindo as dicas de umas 4 receitas diferentes, criei este aqui. Garanto, que, se o vendedor de Paraty o vendesse, ía ser um sucesso, de tão bom que fica.
Ingredientes:

6 ou 8 bananas maduras, conforme o tamanho
Para o caramelo:
2 chávenas de açúcar ( 400g )
3/4 chávena de água ( 1,5dl )
Manteiga q.b.

Para a massa:
3 ovos
1 1/2 chávena de açúcar ( 300g )
2 bananas
2 chávenas de farinha com fermento ( 300g )
2 colheres de sopa de manteiga à temperatura ambiente
3/4 chávenas de leite

Comecemos por colocar o açúcar e a água numa caçarola até ficar num caramelo dourado. Deitar num forma com cerca de 24cm, de diâmetro e espalhar, com cuidado para não se queimarem. Assim que arrefecer, untar com manteiga e tapar o fundo com meias bananas, cortadas longitudinalmente e com a parte redonda apoiada no fundo.

Aquecer o forno a 180º

Bater as gemas com o açúcar e a manteiga. Juntar 2 bananas ( grandes ) partidas, directamente no creme e deixar bater até ficar um creme suave e sem pedaços. Juntar a farinha e o leite e, por fim, envolver as claras em castelo.
Deitar o preparado na forma e levar ao forno até estar cozido ( espetar um palito até ao fundo, para ter a certeza ).
Esperar 5 minutos antes de desenformar para um prato de serviço. Servir frio ou quente, acompanhado de uma bola de gelado. 

Tarte de limão merengada

Ora aqui está uma receita de uma sobremesa que, além de ser uma delícia, é lindíssima. 
Durante anos, não gostei de sobremesas com limão . Ainda hoje, dispenso gelados e rebuçados de limão, mas, a primeira vez que provei Lemon curd, adorei. É mesmo bom, cremoso, doce e ácido. Mmmmmmm...
Para fazer esta tarte podem optar por fazer a massa quebrada ( faço muitas vezes no robot de cozinha ) ou podem optar por usar uma massa de compra, que serve lindamente e é muito mais rápido.
O que se deve fazer é cozer a base primeiro e só depois rechear. Devem untar a tarteira com cerca de 24cm de diâmetro, colocar a massa, picar o fundo e cortar as beiras da massa, no rebordo da forma, com as costas de uma faca, pressionando para a massa aderir. Depois é só cobrir a massa com papel vegetal ( se usarem a massa já feita, usem o papel em que vem enrolada ) e encham com feijões secos. Levam ao forno a 200º cerca de 15 minutos e depois retiram o papel e os feijões e levam novamente ao forno até dourar. Retirar e deixar arrefecer.

Entretanto, fazer duas doses de Lemon Curd ( clicar nas palavras atrás para terem acesso á receita ) e esperar que arrefeça totalmente.
Assim que ambos estejam frios, coloca-se a base cozida num prato de servir, enche-se com o Lemon Curd e faz-se o Merengue:

3  claras
150g de açúcar

Batem-se as claras até estarem com bastante espuma e adiciona-se o açúcar, colher a colher. Deixa-se bater muito bem ( cerca de 10 minutos ) até estar um creme brilhante e muito duro.
Enche-se um saco de pasteleiro de bico frisado com o merengue e decora-se toda a superfície da tarte. Tendo, queima-se com um maçarico de cozinha, que é um utensílio que eu adoro e uso imenso. Na falta deste, leva-se ao forno a 160º até dourar.




Se quiserem, podem colocar bolacha picada no fundo de copinhos e encher com Lemon Curd e merengue. Ficam lindos e é uma ideia óptima para um buffet de sobremesas de uma festa.


Natas do Céu

Não sei se esta é a receita original das Natas do céu ou, mesmo,  se ela existe. Pesquisei pela net e juntei 2 ou 3 receitas e o resultado é este que aqui trago.
Para ser franca, acho que nunca tinha comido já que, quando aparece nas ementas dos restaurantes, dou sempre primazia à baba de camelo ou à mousse de chocolate.
Mas, uma cliente encomendou-me e lá tive eu que lançar mãos à obra. E, digo-vos que ainda bem que nunca tinha provado porque, caso contrário, já estaria ainda mais gorda. É que a sobremesa é mesmo boa.
Em relação ao doce de ovos, optei por fazer o doce de ovos aldrabado por ser mais rápido.
Ingredientes para o creme de natas:
2 pacotes de natas bem frias ( de preferência as Longa Vida )
5 claras
8 colheres de sopa de açúcar

1e 1/2 de bolacha Maria

Ingredientes para o creme de ovo:
5 gemas
5 colheres de sopa de açúcar
5 colheres de sopa de água

Começar por triturar a bolacha Maria. Reservar.
Bater as claras em castelo. Assim que estiverem bem batidas, acrescentar o açúcar, colher a colher e deixar bater até ficar um merengue bem duro e brilhante.
Bater as natas e depois de duras, incorporar nas claras.
Numa taça, colocar uma camada de bolacha Maria e depois um de natas. Repetir. Cobrir com o doce de ovos, bem frio.

Para fazer o creme de ovos, misturar todos os ingredientes num tacho e levar a lume brando, mexendo sempre com uma vara de arames até engrossar. Deixar arrefecer completamente antes de cobrir a sobremesa.



Bolo base delicioso

Hoje vou dar aqui a receita do bolo base de muitos dos bolos decorados que faço. A massa é simples mas suficientemente compacta para aguentar com 2 ou 3 camadas e recheios. Também pode ser servido simples ou com qualquer cobertura que gostem ( ganache, merengue, creme de queijo ou de manteiga, etc...).
Esta é daquelas receitas que se deve ter sempre no nosso caderno para fazermos mil vezes durante a nossa vida. Espero que gostem porque eu adoro.
Ingredientes:

200g de açúcar
100g de manteiga
4 ovos
1/2 chávena ( de chá) de leite
200g de farinha com fermento

Aquecer o forno a 180º
Bater o açúcar com a manteiga até ficar um creme esbranquiçado. Adicionar as gemas, depois o leite e a farinha peneirada, envolvendo esta com cuidado.
Adicionar as claras batidas em castelo envolvendo bem.
Deitar em forma untada e levar ao forno até estar cozido.

Deixo-vos aqui 3 ideias: no 1º fiz duas doses e cozi em formas separadas, tal como no 3º bolo, em que fiz 3doses, cozidas em formas diferentes. No bolo do meio, dupliquei a receita e cozi numa forma maior.

Costelinhas com molho agridoce

Há receitas que descubro por acaso e que são verdadeiras surpresas. No ano passado ofereceram às minhas filhas um livro, chamado Culinária Saudável e Divertida para Crianças, da DK e, quando o folheei deparei-me com uma data de receitas óptimas e muito fáceis ( obviamente ). Se carregarem na palavra livro, escrita atrás, podem ver mais características.
A minha Clarinha faz uma receita deste livro que é uma delícia, que são uns ovos assados com presunto. Para quem não tem muita experiência ou gosta de receitas fáceis e deliciosas, este livro é um achado.
A receita que vos trago hoje são umas costelinhas com um molho agrdidoce e batatas assada, que adaptei ligeiramente.
Ingredientes para 6 pessoas ( as colheres são de sopa ):
3 tiras de costelinhas de porco da parte mais fina, cortadas individualmente
3 colheres de sopa de mel
2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
6 colheres de ketchup
3 colheres de açúcar mascavado escuro
2 colheres de sopa de azeite

Colocar as costelinhas numa taça e cobrir com uma marinada feita com os restantes ingredientes. Tapar e levar ao frigorífico, pelo menos, 3 horas.
Ao fim desse tempo, aquecer o forno a 200º e colocar as costelinhas numa folha de papel de alumínio, fechando.
Levar ao forno 30 minutos. Ao fim desse tempo, abrir o papel de alumínio e deixar cozer mais 40 minutos ou até estarem tostadinhas.

Entretanto, preparam-se as batatas assadas, que acompanham as costelinhas. 

Ingredientes:
10 batatas médias/grandes para assar
1 pacote de natas frescas Longa Vida
Sal q.b.
Cebolinho ou salsa picados

Lavar bem as batatas e pica-las com um garfo. Levar ao forno cerca de 1 hora, a 200º, ou até que estejam cozidas.
Para o molho das batatas, bater as natas até ficarem bem firmes, com sal e polvilhar com a erva escolhida. Abrir as batatas a meio e deitar o molho no meio. Fica uma delícia.



Revueltos de setas

Ontem no supermercado dei de caras com umas caixas cheias de cogumelos com um ar mesmo apetitoso. Ainda por cima, eram todos diferentes e tinham umas pinças para os clientes se servirem, mesmo a dizer: "Levem-me que sou delicioso". 
Sempre adorei cogumelos mas sou um bocadinho renitente em experimentar variedades diferentes das dos tradicionais champignon. O que é uma estupidez, porque gosto de todos.
Lá me decidi por umas setas, aqueles cogumelos espalmados, que os espanhóis tanto usam para fazer uma entrada deliciosa à base de ovos mexidos, os revuletos.
Para que ficassem mesmo bem feito, fui pesquisar no Google e encontrei um vídeo, onde explicava direitinho ( apesar de eu não perceber metade do que o cozinheiro dizia ). E fiz, como dizia, não lavando os cogumelos e sacudindo-os, retirando eventuais pedacinhos de terra.
Mas, lá fiz e ficaram óptimos. E, como todas as receitas que aqui coloco, facílimo de fazer.
Ingredientes:
Setas q.b. ( usei 6 )
2 ovos
Azeite q.b.
2 dentes de alho
Salsa picada q.b.

Laminar o alho e saltear em azeite. Assim que dourar, acrescentar as setas cortadas e deixá-las cozer, mexendo ocasionalmente. Salgar e deitar os ovos, espalhando apenas a clara, para que coza, sem rebentar a gema.
Retirar do lume e mexer bem, rebentando a gema, de forma a que esta não fique crua mas deixe os revuletos húmidos, que é como são bons.
Polvilhar com salsa picada e servir de imediato.


Pudim de leite

Há uns anos atrás, uma das minhas irmãs foi ao Brasil e chegou com uma receita que ela dizia ser deliciosa e facílima. Era um pudim de leite, que ela tinha comido e adorado.
Tomei nota da receita mas nunca a fiz, talvez por nunca ter provado e por pensar que preferia coisas mais elaboradas ( snobismo meu ).
Na semana passada, aquando da minha visita ao Rio de Janeiro, vi algumas vezes esta sobremesa na carta dos restaurantes mas nunca me senti tentada a provar.
Até que, cheguei a S. Paulo e resolvi experimentar no Bar Genial, na Vila Madalena. E, tive uma espécie de epifania porque vi o que tinha andado a perder estes anos todos. É um pudim de sabor muito delicado, macio e delicioso.
Hoje, depois de 10 dias sem cozinhar, passei a tarde na cozinha e uma das coisas que fiz foi esta receita que, de tão fácil, qualquer um pode fazer. Vamos arregaçar as mangas, pôr o avental e aventurar-nos na cozinha Brasileira.
Ingredientes

Para o caramelo: 2 chávenas ( de chá ) de açúcar
3/4 de chávena ( de chá ) de água

Levar os ingredientes ao lume até formar um caramelo louro. Para travar a cozedura e não escurecer demasiado, mal atinja a cor desejada, introduzir o fundo do tacho em água fria, por alguns segundos.
Despejar o caramelo numa forma de buraco e rodar. Virar a forma ao contrário, para que o caramelo escorra. Reservar.

Para o pudim:1 lata de leite condensado
2 medidas ( lata do leite condensado ) de leite meio gordo 
3 ovos

Bater todos os ingredientes e colocar na forma. Levar ao forno, previamente aquecido a 180º, em banho-Maria e programar 30/40 minutos.
Mal ganhe cor, tapar com uma folha de papel de alumínio e deixar cozer até que, quando espetar um palito, este saia seco.
Só desenformar depois de fio. Servir bem fresco.


Ganache de chocolate para cobeturas de bolos


Várias pessoas me têm perguntado como consigo fazer as coberturas de alguns dos meus bolos. Eu uso um ganache de chocolate que, quando arrefece, ganha a consistência certa para se conseguir trabalhar.

Ingredientes
200g de chocolate culinária
200g natas
1 colher de sopa de manteiga à temperatura ambiente

Começar por picar muito bem o chocolate e reservar numa tigela. Aquecer as natas. Assim que estiverem bem quentes, tirar do lume e acrescentar a manteiga, mexendo para derreter. Deitar imediatamente por cima do chocolate. Aguardar cerca de 30 segundos e mexer até estar bem dissolvido.
Guardar em lugar fresco ( não no frigorífico ) e, quando estiver arrefecido, bater com a vara de arames.Se estiver firme, está pronto para ser usado.

Tarte de maçã escangalhada

Comecei a fazer esta tarte há uns anos, quando descobri uma receita num livro de receitas de pastelaria francesa, em casa de uma amiga minha. O nome que lhe davam era Galette e, vim a descobrir mais tarde, que era o nome que se dava, entre outras coisas, a estas tartes cuja massa não cobria na totalidade o seu recheio.
A massa original é difícil de manusear depois de cozida porque tem tendência a partir-se. Ensino aqui um truque, que funciona muito bem.
Esta receita não deve levar maçãs muito farinhentas ou moles como a reineta porque senão a maçã desfaz-se. Eu uso Royal Gala porque acho que têm a consistência ideal.
Para a massa :

300g de farinha 
2 colheres de sopa de açúcar em pó
150g de manteiga
70g de água
1 pitada de sal

Colocar a farinha, o sal e o açúcar numa taça. Juntar a manteiga e amassar. No final juntar a água e amassar novamente. Fazer uma bola com a massa, espalmá-la, envolver em película e levar ao frio enquanto faz o recheio.

Para o recheio:

6 maçãs médias ( cerca de 800/900g )
80 g de açúcar
4 colheres de sopa de manteiga

Descascar as maçãs e cortar em 8. Cobri-las com açúcar, mexer e reservar. Derreter a manteiga numa sertã. Quando estiver quente, deitar a maçã e deixar caramelizar um pouco sem se desfazer. Mexer o mínimo possível. Deixar arrefecer.
Entretanto, aquecer o forno a 200º
Estender a massa, deixando-a um bocadinho espessa. Não precisa de ficar muito direitinha. Untar a base de uma tarteira e colocar a massa por cima. Deitar as maçãs e virar as extremidades da massa, de forma a cobrir apenas cerca de 5cm do recheio. A massa não deve cobrir completamente a base da tarteira, para que se consiga agarrar e soltar.

Levar ao forno cerca de 25mn ou até estar dourada. Quando se tira do forno, mete-se uma espátula fina entre a massa e a base de forma a soltá-la. Transporta-se a tarte para um prato de servir e, com a ajuda da espátula, retirar a base metálica. 
Servir ainda quente, com uma bola de gelado de baunilha, para o prazer ser ainda maior.





Workshops Coimbra

No dia 15 de Março, vou juntar-me à Vera do Hoje para jantar temos e rumo até Coimbra para dar 2 workshops na Quinta do Ribeiro:
10h - Petiscos
15h - Jantar Especial

Quem estiver interessado deve enviar mail para: nomundodeluisa@hotmail.com

Frango com amêndoa e açafrão

Por sugestão de uma seguidora da minha página do Facebook, resolvi publicar aqui algumas receitas do meu livro de receitas favorito, o "Receitas Escolhidas" da melhor cozinheira de todos os tempos, a Maria de Lourdes Modesto.
Este livro foi-me oferecido quando fiz 12 anos e tornou-se numa espécie de "oráculo" para mim, já que sempre que tenho uma dúvida, recorro a ele. Tem receitas óptimas, com ingredientes que encontramos em qualquer lado e que, muitas vezes, nos fazem viajar para a nossa infância.
O primeiro prato que escolhi foi o Frango com amêndoas e açafrão. Segui a receita à risca e garanto que fica uma delícia. No entanto, deixo um alerta: usem açafrão "verdadeiro" e não Açafrão das Índias, já que o sabor é completamente diferente. Normalmente, encontro este tipo de açafrão, que uso também para a Paella, no Froiz ou no El Corte Ingles. 
Ingredientes:

1 frango
2 colheres de sopa de manteiga
2 cebolas
2 dentes de alho
2 gemas de ovo cozido
2dl de vinho branco
50g de amêndoas raladas
salsa
louro
sal
pimenta
1/2 envelope de açafrão
Cortar o frango em pedaços, tirar-lhe a pele e salteá-lo na manteiga até alourar. Retirar e reservar.
Na gordura que ficou no tacho juntar as cebolas bem picadinhas, um ramo de salsa e louro. Deixar refogar e, assim que as cebolas alourarem, junte novamente o frango, regue com o vinho e 2 dl de água. Tapar e deixar refogar em lume brando.
Entretanto, pisar num almofariz as gemas, o alho picado, a amêndoa e o envelope de açafrão ( ou alguns fios ). Junta-se este preparado ao frango , rectifique os temperos e deixe apurar, fervendo um bocado.
Servir com uma salada e arroz branco.